A fase mais complicada da vida passa.
E quanto mais passa, mais se complica.
O que resta no fim da vida?
Que sonhos alimentar ainda?
A sensação é de que a vida abusa do poder.
Apóia a degeneração do corpo.
Não importa quantas lástimas.
Não importa quantas plásticas.
Adeus.
A gente cai no esquecimento.
Mas marcas das passagens
não se apaga.
E a gente vê tudo outra vez.
Mas, agradece.
Na reta final, nos tornamos
experientes.
Depois de alguns anos de treino,
reconhecemos que a quilometragem
na verdade, é um eterno reajuste
para um próximo passo.
A força máxima passa.
Mas a gente retorna a cada manhã
aproveitando mais um dia,
mais um dia.
Não sabemos qual o dia
da etapa final.
A vida é uma constante despedida.
Já que o vazio chega em qualquer idade.
Algumas pessoas têm participação
exclusiva.
Do ponto de vista geral,
todos os que passam por nossas vidas,
universalizam o carinho e os direitos de todos.
Qualquer um de nós ao longo do tempo,
não abandona o valor dos dias.
Para uma completa ascenssão,
é preciso não marcar data.
Considerar os ajustes, conservar a
prudência.
Cortes, só às coisas menos relevantes.
Ainda assim, essas coisas acontecem
de forma lenta.
Aos inimigos, perdão, pois que também
temos muito a ser perdoados.
Cecília Fidelli
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