Aquela velha casa onde nasci não existe mais.
Era um sítio.
Não sobrou nada.
Nem uma árvore sobreviveu pra contar.
Naquele tempo,
haviam outros sítios espalhados por ali.
Hoje estão cheios de casas de tijolos,
verdadeiros cárceres.
Aquelas histórias caipiras
ficaram escondidas.
Seus personagens, esquecidos.
Mas tem também uma biblioteca,
onde passado e presente
estão afinados.
Tudo mudou.
Existem novos moradores.
Não há mais silêncio,
nem os cantos dos pássaros
da década de cinquenta.
Transformações culturais.
Por exemplo,
quase não termos oportunidade
de nos deslumbrarmos
com a lua cheia.
É... aquele endereço
que eu gostava tanto,
canta saudade.
Um mundo novo.
Cresci ali.
As coisas nem sempre saem
do jeito que imaginamos.
Mas, como é gostoso lembrar!.
Cecília Fidelli.
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