Estranho,
é o cheiro de pizza que atinge a barriga
vazia dos meninos
de rua na esquina,
que lhe esticam as mãos,
sonhando que estenda
apenas uma.
À cata de migalhas
esparsas, olhos de
infância malvada,
aflora um medo
recíproco terrível.
Estranho, estranho
é ignorar.
Cecilia Fidelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário