terça-feira, 9 de novembro de 2010

EXTRAÍDO DA PELE


O prazer não podia esperar. 

Eu me deixava levar pela intuição
e ele se envolvia com as expressões 
e os gemidos.
Ele comía os morangos sílvestres da beira do rio, 

e eu roubava as flores do campo.
Nós ensacávamos pêssegos tão atraentes, tão lindos, 

que pareciam estar sintonizados com a nossa imaginação.
Absuvámos da sexualidade, 
até nos dias sem sol, nas noites sem lua. 
Descobríamos nas reservas verdes, 
O odor das manhãs límpidas. 
Em inconscientes poemas, céus, românticamente azuis.
Fazíamos de conta, que cereja

não fica preta.
Fazíamos de conta que cereja  não
fica preta, porque aqueles momentos..
aqueles momentos, eram momentos
do cio...
CECÍLIA FIDELLI 

Itanhaém - SP 
do livro " Poemas de Amor ( Sem Dor ) "

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