sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Era uma vez...

Ela entristeceu depois de longa solidão.
Cabisbaixa, quase sem vida,
perdeu o perfume, a cor.
Foi condenada a ser posta pra fora,
jogada talvez na calçada.
Sofreu o golpe do tempo,
que arrancou-lhe as pretensões.
Semi morta, sem encantos,
valoriza apenas o calor do sol no inverno.
Silencia à brisa tempestuosa, 
que tem pedras nas mãos, não compaixão.
Inclinou-se, debruçada na janela,
para reverenciar a morte.
Desabrochou, encantou, mas,
aquela beleza deslumbrante ...
ficou nas mãos do tempo.
Era uma vez, uma flor.

 Cecília Fidelli.

Fato





Muita busca.

Alguns encontros.
Sentimentos puros.
Frustrações.
Majestosos sonhos
e um poema, impublicável.
Boleros sofridos,
reggaes irados!
A eterna luta
entre certezas e incertezas
no deserto da alma,
interpretadas e reinterpretadas
de acôrdo com as conveniências,
que aos vulneráveis poetas...
são sagradas.

Cecília Fidelli.

Entre o céu e o purgatório.



O mundo, no atual "estado de coisas",
está... um Deus, nos acuda!
Onde é que o mundo vai parar?
A questão é meio complicada.
Mas será que não há um consenso?
Fazer um pacto com o diabo,
seria antecipar o apocalipse.
E nós, não aguentaríamos mais um colapso.
Óh! Deus, nos acuda, porque o mundo...
acreditem ou não os novos bárbaros,
é só clarões, bombardeios!
O "cristo" agora seria Bin Laden?
Por onde anda Bin Laden?
Quem sabe foi dar um rolê no nordeste?
Será que ele é o único
a não nos deixar dormir em paz?



Cecília Fidelli.