quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011






Extraído da Pele.
O prazer não podia esperar.
Eu me deixava levar pela intuição
E ele se envolvia com as expressões,
Os gemidos.
Ele comia os morangos silvestres
da beira do rio, e eu roubava as
flores do campo.
Nós ensacávamos pêssegos tão atraentes,
Tão lindos, que eles pareciam estar sintonizados
com a nossa imaginação.
Abusávamos da sensualidade, até nos dias sem sol,
e nas noites sem lua.
Descobríamos nas reservas verdes,
O odor das manhãs límpidas.
Em inconscientes poemas,
Céus, romanticamente azuis.
Fazíamos de conta, que cereja não fica preta.
Fazíamos de conta que cereja não fica preta,
Céus, romanticamente azuis.
Porque aqueles momentos...
Eram momentos do cio.
Cecília Fidelli
- Do livro: Poemas de Amor, Sem Dor.

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